sábado, 22 de outubro de 2011

sempre tem uma lua que ninguém vê

em especial nos dias ensolarados

sábado, 8 de outubro de 2011

cores da cabeça

porque me conhecer tem sido assustadoramente bom
tem lados meus que se contradizem, sabia?
te contei uma vez sobre mim mas era mentira.
em partes pelo menos, não era real
eu nao sou real
vivo aparentemente vidas que gostaria de viver
porque nao vivo assim tão nítido

minto.
vivo. de mais.
vivíssima. sensibilíssima.
melancolíssima sometimes.
english, español, deutsch...
mudar o mundo
mudar a mim
mudar? se mudar.
se mudar a si mesmo.

processo de descoberta constante.
um milhão de acessos e eu ainda não captei totalmente.

feliz? o quanto poderia estar.
intensointensointensonintenso

plena. cada vez mais.
encontrei a "minha coisa"
mas ainda não posso defini-la, só sei que estou sentada em cima dela agora mesmo.

me devoro em pensamentos brancos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

é preciso se perder pra se encontrar

aprendi a olhar em frente, aprendi
mas as coisas que doem ainda doem
embora eu já tenha acontecido bastante ultimamente,
ando me apagando na própria luz do dia
que dias... tanto aprendizado e tanta negação
à procura de um desafio sem metades
meu eu fragmentado se reintegra
(tenho amigos de mais) (não confio em ninguém)

é tão esquisito não ver eles hoje, tão esquisito falar deles na terceira pessoa do discurso, completamente fora de quem dialoga, nada sobre nós, nada sobre vocês, agora é distante: eles.

todas as crises existenciais agora são minhas
todo susto também é meu
tenho varrido nuvens em busca de sonhos
e tenho encontrado espinhos que eu mesma botei no céu
extremamente cansada, extremamente disposta
que a loucura enfim me invada...

sexta-feira, 11 de março de 2011

pássaro preto que escureceu meu pensamento


pinto, repinto, pós-pinto. pinturas alheias, mas um pouco minhas.
tenho percebido as coisas ao redor mais distantes e grandiosas, ao mesmo tempo em que na verdade é a primeira vez que toco nelas.
ando meio repetitiva - mas porque me repito em mim. porque só na repetição que tenho compreendido tudo... cada vez que lemos um livro é diferente. cada vez que digo qualquer coisa é diferente.

tanta coisa tão rápida mas parece que o tempo é tão intenso (embora tão curto)

pássaro... chão, cadeira, mesa, é tudo na direção da comida, do comido, do esperado. mas depois de muitos móveis é esse tom de mar que encontro em volta do meu pássaro preto.

pássaro preto... descubro que há duas espécies. o meu é o parasita ou o que aproveita as árvores com buraco? que diferença faz, não se eximem os dois de construir um ninho?
mas também não é isso a lei de sobrevivência? não é assim que os humanos são também? ... parasitas, preguiçosos... Espertos?
mas me arrepio de pensar que os pássaros também são maus, que também querem viver mais do que conseguem explicar. pra que um ninho se eles se movem com as estações, se eles fogem do verão, pra que um ninho se é possível dar um jeito de viver sem ele? se é possível ganhar mais comida no tempo que se perderia construindo uma casa?
afinal, pra que um chão quando se tem o ar?