sábado, 15 de maio de 2010

antes que esse nada me sufoque

não tá rolando, entende? esses dias alguém me disse que só acredita em amor quando é natural, quando acontece, quando as coisas fluem. não tá fluindo, vês? se sou eu, se é tu, se somos nós quem não combinamos - já não sei. já não me importo.
a resposta da pergunta que tu não me fez, que tu não vai fazer nunca, a resposta é NÃO.
não mais. não vou ficar esperando. que eu queria, que eu tava na pilha, ah! tava sim. mas se ainda me resta uma ponta de orgulho e auto-estima, cá está ela se manifestando. fim. fim dessa coisa que não teve sequer um começo. fim dessa coisa que só pode ser chamada de "coisa", porque não é nada, nem um relacionamento, porque sequer ficamos com frequencia, ou trocamos carinhos, e nem uma trova propriamente dita, porque também é evidente que já passamos dessa fase.
eu te quero. e deixei bem claro. álias, nunca fui tão clara antes. mas se tua resposta é vazia e receosa, se tu hesitas, então isso é mais um não do que um sim. tu tá me enrolando, tá enrolada com a vida também. não tem espaço pra mim. e repito: não sei se é tu quem não tem espaço, ou eu que não me encaixo nele. mas a gente não encaixa. a nossa "coisa" não flui.
e eu concordo com a pessoa que disse isso, ao menos em partes, que tem que ser natural. e não tá sendo. eu to fazendo um esforço e me incomodando desde agora com coisas bestas e nem sei se sequer tu gravou meu nome direito.
exagero. mas a metafora vale.
to cansada disso. de não ter tempo, de ter que marcar e desmarcar e remarcar e não fazer nada direito e ser deixada de lado.
eu não vou ser segunda (ou terceira, quarta, quinta) opção de novo. eu não vou abrir mão das minhas coisas de novo. eu não vou implorar pra deixar de ficar em casa estudando e sair comigo. eu não vou passar por essas coisas outra vez, porque todo mundo sabe que quando se quer tempo se arranja, e é a pessoa que tem que arranjar, não a outra. e não vou fazer isso porque já me desgastei muito, e ando precisando de pessoas que me ponham pra cima, e não pra baixo.
tu me poem pra baixo.
e é por isso que eu escrevo essa carta que não vai ser entregue, com essas coisas todas que eu queria dizer mas não vão ser ditas. pra clarear as coisas, pra deixar bem esclarecido que sim, eu quem tomei a última iniciativa, eu quem fui o último contato feito, e se alguém aqui levou um fora, fui eu. e é tentador insistir nisso, por mais simples e não-duradouro que fosse, porque tua companhia me agrada muito, e eu já me afeiçoei aos teus traços. mas escrevo principalmente pra dizer que é uma escolha minha também esse fim. que é uma escolha consciente e difícil, mas que já foi tomada.

aproveita o livro. e por favor me devolva ele um dia.

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